sábado, 22 de novembro de 2008

Erotismo em Canova

Contribuição da Escrevivente Bruna Nehring
ANTONIO CANOVA (1757-1821)

Apesar de autodidata, foi o renovador da grande escultura italiana, o maior representante do neoclássico, tendo construído suas composições através do estudo da natureza e dos grandes escultores clássicos.

Trabalhou a convite de mecenas em diversos países europeus, como Alemanha, Inglaterra, Espanha, França, onde recebeu o convite de Napoleão para esculpir sua estátua e a de sua irmã, Paolina Borghese. Existem tradicionalmente anedotas sobre as duas: Canova fez uma escultura em bronze de Napoleão, retratando-o como o Deus Apolo, mas Napoleão não gostou da idéia de ser retratado nu e recusou a obra. Então, Canova levou-a de volta para a Itália, onde foi colocada no pátio do Palazzo de Brera em Milão. Já a escultura de Paolina Borghese (1805-1808), apesar de ela ter pousado seminua, foi aprovada por seu marido, Príncipe Borghese, e está até hoje na Galeria do Palazzo Borghese, em Roma. Dizem que o formato da primeira taça arredondada de champanhe foi moldado no seio dela (na escultura).

Outra obra muito famosa sua é Amore e Psiche*, de 1793, a qual retrata Eros aproximando-se de Psique adormecida para despertá-la com um beijo.




A grande fama de Canova deve-se à sua rejeição aos excessos de musculatura, até então herdados dos escultores gregos, e sua grande mestria na escolha dos mármores mais brancos, sem estrias, arte dificílima, pois os grandes blocos não revelam eventuais defeitos em seu interior.


*Consulte o mito de Psique em Leitura Complementar.

Um comentário:

Escrevivendo disse...

Mais uma contribuição espontânea, valiosa, de Bruna: de fato, Canova tem tudo a ver com nossas discussões.

Nosso "muito obrigada" a essa escrevivente maravilhosa!

Loreta