Por Roberto Dupré
Terror diante da morte do corpo.
Mas eis que ele morre e percebo a beleza do espírito.
Posso olhar o mundo com outros olhos.
Confesso que sinto saudades; melhor ainda: sinto falta do prazer.
Mas vejo como é bom afagar-te com o tato
Vejo como é bom o contato da tua pele.
O tempo poupou-nos.
A mim, os sentidos
A ti, toda a beleza
E só agora, no fim da vida,
coberto de neve,
eu que sempre acreditei possuir-te
Agora, aperreado do instinto
mas com o coração em chamas, posso, enfim
Ter-te.
Primavera de 2008
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Um comentário:
Quero um dia receber uma declaração de amor neste nível!
Roberto, sua sensibilidade é incrível, homem-escritor-poeta ímpar!
Sua leitora (cada vez mais assídua),
Loreta
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